Filosofia antiga

Filosofia Antiga

A História da Filosofia teve sua marca de criação no século VI a.C, quando pensadores gregos iniciaram uma busca a respeito da racionalidade do mundo e partiram em busca da compreensão de sua natureza. Esta busca reflete o processo social, político e cultural por que passavam as ilhas gregas nesse período, e a Filosofia ganhou força quando se fortaleceu a superação da interpretação mítica rumo ao pensamento racional.
Há uma tradição que atribui a Pitágoras de Samos (séc. VI a.C.) a criação do termo Filosofia. A Filosofia, para ele e para a maioria dos gregos, significava a busca da sabedoria, e o amor e a próprio amor pela busca’. Isto porque, para eles, ter a sabedoria era privilégio apenas dos deuses, sendo que aos humanos restava apenas buscá-la e amá-la, sem jamais possuí-la completamente. Era de fato, um conceito religioso de Filosofia, mas que permaneceu até hoje. Mas há ainda outras características importantes que alinham a Filosofia Antiga.
O seu conteúdo procura sempre compreender as coisas a partir da totalidade, isto é sem fugir da realidade. A Filosofia Antiga sempre vai perguntar sobre o princípio de todas as coisas, e seu objeto de estudos é a totalidade da realidade e do ser. Para alcançar tal resultado, ela vai investigar sobre o primeiro princípio de todas as coisas, o porquê anterior a todas as causas, e porque das coisas e causas não realizadas. Os gregos chamam este princípio de Physis (a essência de tudo). Inicialmente os pensadores chamados pré-socráticos vão procurar a Physis na natureza, no mundo que existe antes mesmo dos seres humanos. Por isso, são chamados de Físicos.
O método da Filosofia Antiga é a compreensão racional da totalidade do ser. Isto quer dizer que, diferentemente das explicações míticas ou religiosas, os filósofos devem aprofundar suas pesquisas e argumentos sobre o raciocínio lógico, buscando as causas dos fenómenos. Enquanto o mito e a religião buscam compreender o mundo através da crença e da