O deus de carlito rocha
Em 1500, na chegada dos portugueses ao Brasil, Pero Vaz de Caminha fez um relato de descobertas de novas terras com paisagens e animais singulares. Esta carta se caracteriza como a primeira crônica brasileira. Gênero ainda pertencente ao principal sentido do termo – relato cronológico de um acontecimento importante.
Já no século XIX, a crônica passou a ser usada para se referir a um gênero estritamente ligado ao jornalismo. Eram publicações literárias em prosa, sendo uma espécie de análise se assunto livre. As crônicas de Nelson, segundo Coelho (2003), possuem vida própria. Estas eram recheadas de drama e de poesia, por isso se destacava na cobertura esportiva; os textos motivavam os torcedores a saírem de casa para, especialmente, ver seu ídolo em campo.
Outra segmentação feita na crônica esportiva é entre os textos poéticos e analíticos, com linguagem mítico-metafórica, aliado a adjetivações valorativas, ritmo, jogo de imagens e subterfúgio de metáforas.
Para Nelson, a verdade do Nosso futebol estava além do que os nossos olhos podiam ver. Quase cego, superava a dificuldade de enxergar ao usar a audição e a imaginação como suportes para escrever. Por essa dificuldade, o rádio foi fator fundamental para ajudá-lo a escrever. Como grande poeta do futebol, recriava cada passe, cada drible, cada gol de forma única.
Na Crônica O Deus de Carlito Rocha, do livro A sombra das Chuteiras Imortais, percebe-se Marcante Subjetividade e a grande preocupação com a linguagem e recursos literários, distanciamento dos acontecimentos e da mera descrição das partidas, além da veracidade e lenda se misturarem,