Filologia Românica
História da Língua Portuguesa
A língua portuguesa proveio do latim vulgar que os romanos introduziram na Lusitânia, região situada ao ocidente da Península Ibérica. Podemos afirmar que o português é o próprio latim modificado e que o idioma falado pelo povo romano não morreu, mas continua a viver , transformado, no grupo de línguas românicas ou novilatinas. Nosso idioma se criou e desenvolveu intimamente ligados a fatos que pertencem à história geral da Península. Vários povos antes dos romanos nele se haviam fixado. Cartago progredia e Roma não a contemplava com bons olhos. O grande poder que esta república rapidamente adquiriria, no mar e em terra, ali, fronteira ao Lácio, trazia-a em constante sobressalto de vir um dia a perder a ambicionada coroa do Mediterrâneo. Havia duas épocas principais na história da romanização da Ibéria. A primeira vai das guerras púnicas, no tempo da República, até o estabelecimento do Império. Foi um período de guerra. A segunda começa com o advento de Augusto e abrange todo o período imperial. Período de paz e de assimilação. No tempo de Augusto foi a Península dividida em três províncias: a Tarraconense, a Bélica e a Lusitânia. A primeira manifestação que se nota, da parte do poder público, para separar os destinos da faixa ocidental da Europa, onde se constituiu mais tarde Portugal, do resto da Hispânia. A obra de assimilação, na segunda época, teria sido mais difícil, se não fosse o parentesco linguístico entre o latim e o celta. Ela começou pela cidade, passando depois às aldeias e finalmente aos campos. Por ver nos conquistadores um povo mais forte e civilizado e, depois de uma resistência mais ou menos séria, quebrada afinal pela bravura e constância dos soldados romanos, os peninsulares, adotaram a língua e os costumes dos vencedores, numa palavra romanizaram-se. Porém houve um povo da Península que não aceitou