Métodos da filologia Românica/ Fichamento
BASSETTO, Bruno Fregni. Elementos de Filologia Românica: História externa das línguas, Vol. 1. 2 Ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005
Dentre vários métodos utilizados em Filologia Românica, uns são mais adequados e, por isso, mais produtivos, equanto outros, emprestados de ciências afins, trazem apenas alguma contribuição para um conhecimento maior dos conteúdos da Romanística. Para uma visão mais completa de determinados problemas, frequentemente é preciso aplicar mais de um método e confrontar os resultados obtidos. ( p.63)
“Friedrich Diez tornou-se o pai da Filologia Românica aplicando o método histórico- comparativo, que havia sido usado por Franz Bopp no estudo da línguas indo- europeias e por Jakob Grimm no das línguas Germânicas.” ( p. 63)
O método histórico- comparativo é aplicável a casos de grupos de línguas genealogicamente afins. Dados colhidos nas línguas com a mesma origem são comparados entre si para se lhes encontrar a forma originária, determinar os metaplasmos ocorridos, e verificar lhes o significado, a formação de novos campos semânticos, o motivo ou os motivos de tais formações, e inúmeras questões semelhantes. ( p. 64)
O método histórico- comparativo tem sido particularmente útil na reconstituição do léxico do latim vulgar. Principal fonte léxica das línguas românicas, o latim vulgar certamente nunca terá seu tesouro vocabular totalmente documentado, tendo-se perdido muitos termos usuais e correntes. Contudo, partindo-se de dados fornecidos pelas línguas românicas, pode-se postular
com segurança a existência dos vocábulos-fontes correspondentes do latim vulgar, ainda que não documentado, mas que podem ou não ser documentados posteriormente. ( p. 66) “Se uma palavra é panorâmica ou, pelo menos, encontrada na maioria das línguas românicas, pode ela ser suposta do latim vulgar com certeza quase absoluta”. ( p. 66)
Na fonética, na morfologia, no léxico e questões afins o