Filme spider e esquizofrenia
O filme Spider, conta a história de Dennis, cujo apelido é Spider, devido ter colecionado insetos em sua infância. Ele era um menino quieto e considerado estranho. Certa noite, Spider flagra seu pai assassinando brutalmente sua mãe, pois queria substituí-la por outra mulher, a prostituta Yvonne, odiada por Dennis. Acreditando que ele seria a próxima vítima, o garoto cria um plano que o leva às últimas consequências.
Já com 30 anos aproximadamente, Spider sai de um manicômio e volta para o lugar onde passou a infância. É acolhido em uma casa de recuperação para pessoas com transtornos mentais.
Dennis aproveita para visitar os lugares que marcaram sua vida e tenta relembrar os acontecimentos que lhe provocaram a insanidade. Por isso, ele anda com um caderninho de anotações, rabiscando e murmurando palavras incompreensíveis. As palavras escritas são amontoadas separadas por linhas, os escritos são de lado, de cabeça pra baixo, sem organização ou esquema determinante, que relacione os itens entre si. Percebe-se então, assim como o texto, como o personagem está destruturado, não há uma organização. Spider tece fragmentos de sua infância e monta uma “teia”, como uma rede de segurança, porém, ali também está sua própria armadilha. Por ter deixado de tomar a medicação (por conta própria), é que estes sintomas da esquizofrenia voltam ganhar força. As visões, os barulhos e os cheiros daquelas ruas de Londres começam a despertar no protagonista, antigas recordações há muito tempo esquecidas, onde a falta de sua mãe o deixa cada vez mais transtornado. Spider vive em um mundo particular, ele vai mergulhando nas lembranças e leva o espectador a mergulhar também, sem saber exatamente o que é real ou imaginário. Assim como o personagem, quem está assistindo já não consegue distinguir a realidade da ficção, passado do presente, memória verdadeira ou distorcida.
No decorrer do filme, próximo ao final, muitos espectadores podem