filosofia
A partir de uma análise comportamental nota-se visivelmente tratar de um sujeito com sérios problemas psicológicos. Sua postura é sempre cabisbaixa, de poucas palavras, olhar penetrante e sempre muito ansioso.
O enredo do filme conta a história de spider (apelido que sua mão lhe dera) um sujeito que passou grande parte de sua vida em um manicômio e depois retorna à cidade em que crescera. Passa então a viver em uma humilde pensão. Durante os dias volta aos lugares em que vivera quando criança. È nesse ínterim que aflora antigos conflitos não superados em sua infância.
O protagonista spider parece não ter superado o complexo de Édipo. É bastante evidente no filme sua rivalidade com o pai. Na cena em que ele vê sua mãe beijando seu pai pela janela ele abaixa-se com nítida feição de descontentamento. Outra cena ainda mais marcante de tal rivalidade se dá quando sua mãe com um novo vestido pergunta-lhe: “Será que o seu pai vai gostar?”. Logo em seguida mostra o garoto correndo. Tais cenas deixam evidente a disputa pelo amor da mãe.
O filme salienta o complexo de Édipo saindo do plano simbólico e levado para o plano prático uma vez que o protagonista realiza de fato o assassínio da mãe. Parece que o plano de spider era matar o pai contudo quem é morta é a mãe. Neste momento devemos esclarecer que spider cria estar matando uma prostituta cujo o pai havia contraído matrimônio após a morte da mãe. Cria ainda que ambos, pai e prostituta, foram quem matara sua mãe.
Em termos psicanalítico o que ocorria na mente de spider é o seguinte. Spider é um sujeito psicótico. A caracterização freudiana para a psicose diz que “... o ego a serviço do id, se afasta de um fragmento da realidade... Na psicose a perda da realidade estaria necessariamente presente1”.
Assim sendo, ao contrario da neurose que presta-se ao ego reprimindo desejos insuportáveis esses na quais voltam-se na foram de sintomas, na psicose ocorre diferente. O id passa a assumir o