Filme Karakter
Não existe maior incentivo na vida de uma pessoa do que a sua família. Sempre que lutamos para conseguir algo, ela está lá para nos ajudar; toda vez que estamos com problemas, nossa família está presente para nos dar suporte. Isto, pelo menos, é o que se espera. Na verdade, nem sempre é assim. Por mais duro que possa parecer, não são todos os pais, não é toda família que faz o melhor para os filhos. Mas será que quando um pai está fazendo algum mal para o filho, ele não estaria lhe fazendo um bem? Essa é uma das mensagens transmitidas em Karakter – Caráter (1997).
Neste filme holandês, dirigido pelo diretor Mike van Diem, cria-se um drama no qual a relação do personagem principal com seus pais toma a conotação de um suspense psicológico. Jacob Katadreuffe é fruto de um único caso de amor do magistrado Arend Barend Dreverhaven com sua governanta, Joba Katadreuffe. A história tem como base o assassinato do aplicador da lei, e a suspeita que recai sobre Jacob. Em interrogatório, ele conta toda sua história.
Meses após a relação que teve com Dreverhaven, Joba sai da casa deste informando que está grávida. Com formação rude e uma moral peculiar, semelhante a de seu amante, nega-se a aceitar qualquer coisa vinda dele. Cria o filho sozinha, e por diversas vezes rejeita os pedidos de matrimônio do magistrado. Jacob é educado de uma forma rígida, sem a expressão natural de amor materno, com sua genitora muda ou trocando poucas palavras. Em suma, uma relação de parentesco fria. Ainda criança ele descobre quem é seu pai. Sempre sofreu perseguição e preconceito por ser bastardo, e quando foi detido pela polícia injustamente, informa que é filho do magistrado, mas Dreverhaven o negou perante as autoridades. Depois disso resolveu seguir o entendimento da mãe de nunca precisar do pai para nada. No entanto já adulto, Jacob vai ser perseguido pelo pai e sofrer uma segunda rejeição, fazendo com que nutra uma disputa com