Cinema Brasileiro
"Não somos europeus nem americanos do norte, mas destituídos de cultura original, nada nosso é estrangeiro, pois tudo o que é. A penosa construção de nós mesmos se desenvolve na dialética rarefeita entre o não ser e o ser outro. O filme brasileiro participa do mecanismo e o altera através de nossa incompetência criativa em copiar" (Paulo Emílio Sales Gomes in Cinema: Trajetória no subdesenvolvimento. SP: Paz e Terra, 1996)
Cinema Brasileiro
Após a Bela Época, período áureo do cinema entre 1908 a 1912, o cinema entra em crise, as produções caem num ritmo quase inexistente, dando vazão para as telas serem ocupadas com filmes franceses e americanos. No íncio da década de 20, temos os primeiros sinais de revitalidade, através dos ciclos regionais tomam seu lugar na história. De Pernambuco a Porto Alegre, pessoas e máquinas movidas a manivela constroem uma parte do registro brasileiro, fora do nascente eixo Rio-São Paulo. O mundo conhece diversas movimentos cinematográficos históricos como o futurismo, surrealismo, expressionismo e as vanguardas russas.
Na década de 30, já com o domínio da estética e linguagem cinematográfica, nascem os primeiros clássicos do cinema mudo brasileiro, modalidade já decadente em outras partes do mundo com a inauguração oficial do sistema sonoro em 1927. Com a entrada do som nas salas de cinema, o cinema vira indústria de fato. A era de ouro hollywoodiana é imposta mundialmente, estabelecida através dos modelos de studio system, star system e cinema de diferentes gêneros. Os franceses seguram o realismo poético e os ingleses com sua escola de documentaristas. Nesta mesma década e na seguinte, com o fim dos ciclos regionais nacionais, os cariocas detém praticamente toda a produção nacional com a produção de comédias populares e musical.
O conteúdo deste sofrerá fortes resumos com fontes bibliográficas descrito no final do trabalho. O pouco tempo no qual foi proposto a execução deste não permitiu a