Fichamento Ética Protestante Weber
Texto: WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo.
Confissão religiosa e estratificação social
- Estatística ocupacionais de um país pluriconfessional: o caráter predominantemente protestante dos proprietários de capital e empresários, assim como das camadas superiores da mão de obra qualificada, notadamente do pessoal de mais alta qualificação técnica ou comercial das empresas modernas.
-Está claro que a participação dos protestantes na propriedade do capital, na direção e nos postos de trabalho mais elevados das grandes empresas modernas industriais ou comerciais, é relativamente mais forte, ou seja, superior à sua porcentagem na população total, e isso se deve em parte a razões históricas que remontam a um passado distante em que a pertença a uma confissão religiosa não aparece como causa de fenômenos econômicos, mas antes, até certo ponto, como consequência deles.
-Qual a razão dessa predisposição particularmente forte das regiões economicamente mais desenvolvidas para uma revolução na Igreja?
-A reforma significou não tanto a eliminação da dominação eclesiástica sobre a vida de modo geral, quanto a substituição de sua forma vigente por uma outra. E a substituição de uma dominação extremamente cômoda, que na época mal se fazia sentir na prática, quase só formal muitas vezes, por uma regulamentação levada a serio e infinitamente incomoda da conduta de vida como um todo, que penetrava todas as esferas da vida domestica e publica até os limites do concebível. Diferente da dominação da Igreja católica – “que pune os hereges, mas é indulgente com os pecadores”.
-A dominação do calvinismo seria para nós a forma mais insuportável que poderia haver de controle eclesiástico do indivíduo.
- Não um excesso, mas uma insuficiência de dominação eclesiástico-religiosa da vida era justamente o que aqueles reformadores, que surgiram nos países economicamente mais desenvolvidos, acharam de criticar.
-De modo ainda mais marcante, uma outra