Fichamento - O nascimento da Filosofia

Faculdade Pitágoras de Uberlândia
Engenharia Civil
Homem Sociedade e Cultura -
Bibliografia do texto:
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 14ª ed. São Paulo: Editora Ática, 2005.p.25-38.

O nascimento da Filosofia
Ouvindo a voz dos poetas:
A voz dos poetas costuma exprimir o que chamamos de “sentimento do mundo”, o sentimento da velhice e da juventude perene do mundo, da grandeza e da pequeneza dos humanos ou dos mortais.
Os poetas também exprimem o sentimento de que o mundo é tecido por mudanças e repetições intermináveis.
Apenas para citar como exemplo o poeta Ovídio exprimiu todos esses sentimentos que experimentamos diante da mudança, da renovação e da repetição, do nascimento e da morte das coisas e dos seres humanos na parte final de sua obra Metamorfose; “Não há coisa alguma que persista em todo o Universo. Tudo flui, e tudo só apresenta uma imagem passageira. O próprio tempo passa com um movimento contínuo, como um rio...” Cita que nossas vidas imitam as estações do ano e como as estações “nossos corpos mudam sempre e sem descanso... E também a Natureza não descansa e, renovadora, encontra outras formas nas formas das coisas. Nada morre no vasto mundo, mas tudo assume aspectos novos e variados... Todos os seres têm sua origem noutros seres”.

O que perguntavam os primeiros filósofos

Esses filósofos faziam perguntas referentes a mudanças, renovações, repetições, nascimento e morte das coisas e dos seres, por exemplo:
Por que os seres nascem e morrem? Por que os semelhantes dão origem aos semelhantes, de uma árvore nasce outra árvore, de um cão nasce outro cão, de uma mulher nasce uma criança? Por que tudo muda? Por que as coisas se tornam opostas ao que eram? A água do copo, tão transparente e de boa temperatura, torna-se uma barra dura e gelada, deixa de ser líquida e transparente para tornar-se sólida e acinzentada. O dia, que começa frio e gelado, pouco a pouco, se torna quente e cheio de calor. Por que nada permanece idêntico a si