Fichamento - o caso dos exploradores de caverna
(pag.6) Presidente Truepenny, C.J. – Em princípios de maio do ano de 4299, os penetraram, em companhia de Roger Whetmore, à época também membro da Sociedade, no interior de uma caverna de rocha calcária [...]. Já bem distantes da entrada da caverna, ocorreu um desmoronamento de terra: pesados blocos de pedra foram projetados de maneira a bloquear completamente a sua única abertura. Não voltando Whetmore e os acusados às suas casas, o secretário da Sociedade foi notificado pelas famílias dos acusados.
O trabalho de desobstrução foi interrompido diversas vezes por outros deslizamentos de terra, onde dez operários morreram.
[...] ficou também sabendo que não havia substâncias animal ou vegetal na caverna que lhes permitisse subsistir, temeu-se que eles morressem de inanição [...]. No vigésimo dia a partir da ocorrência da avalancha soube-se que os explorados tinham levado consigo para a caverna um rádio [...]. Instalou-se um aparelho semelhante no acampamento estabelecendo a comunicação entre o acampamento e os homens no interior da montanha. Pediram estes que lhes informassem quanto tempo seria necessário para liberá-los.
(pag.7) [...] responderam que precisavam de pelo menos dez dias [...]. [...] os homens pediram para falar novamente com os médicos, [...] Whetmore, falando em seu próprio nome e em representação dos demais, indagou se eles seriam capazes de sobreviver por mais de dez dias se se alimentassem da carne de um dentre eles. O presidente da comissão respondeu, a contragosto, em sentido afirmativo. Whetmore inquiriu se seria aconselhável que tirassem a sorte para determinar qual dentre eles deveria ser sacrificado. Quando os homens foram finalmente libertados soube-se que, no vigésimo terceiro dia após sua entrada na caverna, Whetmore tinha sido morto para servir de alimento aos seus companheiros.
[...] Evidencia-se que Whetmore foi o primeiro a propor que