Fichamento paideia: a formação do homem grego

Daniel de Almeida Neuber
Fichamento
JAEGER, W. Paideia: a formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

Apesar dos pré-socráticos serem considerados como os iniciadores do pensamento filosófico, estes não tem a mesma importância que tiveram Sócrates e Platão para o pensamento filosófico, pois estes iniciaram o estudo do homem.
No entanto, não devemos julgar nem desconsiderar os sofistas e os filósofos da natureza, pois os seus esforços e pensamentos colaboraram com uma mudança de óptica elaborada por Sócrates e Platão.
O pensamento racional não tem um ponto especifico de seu inicio, pois o pensamento racional foi se infiltrando no pensamento mítico. Nesse aspecto, a história da filosofia grega pode ser considerada com um processo de racionalização do pensamento religioso dos gregos, chegando às profundezas da alma, sem perder a essência religiosa e mítica dos gregos, pois a explicação racional das coisas não acabou com os deuses gregos.
Inicialmente os filósofos não abordaram teoricamente o problema do Homem, mas seu conhecimento cosmológico desembocou numa concepção de um cosmo interior.
Os primeiros filósofos, pelo seu jeito de ser, não davam valor ao que era importante para os demais (dinheiro, honras, etc.). Por serem assim, eles eram considerados estranhos para os demais, motivo de anedotas.
Sua livre proclamação de seus sentimentos, suas ideais sobre a vida humana e sobre seu ambiente, culminaram com a racionalização da verdade, quebrando as barreiras do eu-individual e constituindo uma verdade- universal por meio de razões conclusivas.
No inicio houve muita especulação sobre a physis por ser algo metafisico, extrassensorial, mas aos poucos através da experiência foi sendo elaborada a ciência racional da natureza.
As experiências com os povos do oriente ampliaram a capacidade dos gregos quanto à observação do mundo sensível, favorecendo o surgimento da filosofia científica.
As teorias de Tales, Anaximandro e Anaxímenes deram