Fichamento Maquiavel
Teoria Política Moderna
Professora Danusa Marques
Pedro Caio Borges Costa – 140029958
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Rio de Janeiro: Ed. Paz e Terra, 1996.
Maquiavel inicia seu livro dedicando-o a Lourenço de Médicis (pp. 9-11). Nos primeiros capítulos, o autor expõe e faz uma crítica dos vários tipos de principados, seguida de exemplos históricos que visam dar validade empírica a seus conselhos (pp. 13-72). Maquiavel defende, ao longo do livro, a importância de um príncipe ter virtú, capacidade de se adaptar às circunstâncias de modo a saber contornar as imprevisibilidades e aproveitar as oportunidades, as quais são chamada de fortuna pelo autor, para manter o governo estável e duradouro. No capítulo VI, ele compara um príncipe que possui virtú com um arqueiro quando vê que seu alvo está longe, logo endireita a curvatura do arco para alcançar seu objetivo (p. 37). Maquiavel ressalta também o valor de um príncipe ser temido e amado, tendo, no entanto, que escolher entre os dois, é melhor ser temido, pois “o amor é mantido por um vínculo de obrigação, que os homens, sendo malvados, rompem quando melhor lhes servir”, sendo cauteloso sempre para não ser odiado (pp. 100-103). O autor afirma que “não se pode chamar de ‘valor’ assassinar seus cidadãos, trair seus amigos, faltar à palavra dada, ser desapiedado, não ter religião. Essas atitudes podem levar à conquista de um império, mas não à gloria (pp. 54-55). Por outro lado, Maquiavel não mede esforços e nem segue moralismos para defender o uso da violência e da crueldade pelo príncipe quando necessário (pp. 99-103). O autor também fala da importância de um principado ter sua própria milícia por considerar soldados mercenários e exércitos auxiliares infiéis (p. 82). Segundo ele, a força dos mercenários é um dos motivos da ruína da Itália (p. 74). Por fim, Maquiavel deposita sua confiança a Lourenço para reunificar a Itália (pp. 151-156).