Fichamento Maquiavel
MAQUIAVEL; Niccolo: “O Príncipe”. São Paulo, Folha de São Paulo, 2010. coleção livros que mudaram o mundo. Vol 02
Maquiavel desenvolveu esta obra, a Lourenço de Médici (príncipe da Itália na época), para aconselhá-lo acerca das atitudes que deveria tomar para restaurar a ordem na península, que passava por sérios problemas na época. Assim, os fins que se visa a atingir com esta obra são: a estabilidade e o bem-comum, bem como a conservação do poder.
“Nicolau Maquiavel ao magnífico Lorenzo de Medici. (P. 11)”. O autor dá inicio a sua obra, com uma breve descrição sobre o Estado. Segundo Maquiavel todos os Estados são republicas ou principados. Os principados seriam novos ou hereditários. Os novos são descritos pelo autor como totalmente novos (recém-criados) ou anexados a um Estado por herança. Esses anexos ou são uma sujeição do príncipe que o anexa ou são livres e são adquiridos com tropas de outros ou próprias. Na obra, Maquiavel trata apenas do segundo tipo de Estado. Segundo o autor, os principados hereditários são aqueles que possuem menores dificuldades para sua conservação, “visto que basta não preterir as regras dos ancestrais e, de resto, temporizar com os casos novos” e “devido à antiguidade e à continuidade do domínio, ficam extintas as recordações das mudanças e as razões das inovações”. (P.47, 48). A obra também descreve os principados mistos, como sendo aqueles nos quais um território é acrescentado ao Estado já constituído. Nestes tipo de principado, os príncipes encontram maiores dificuldades, pois “se constata terem se tornado inimigos todos aqueles ofendidos com a nova ocupação do principado e não se pode manter a amizade daqueles que concederam apoio à própria ocupação por não conseguir satisfazê-los dentro de sua expectativa” (P. 49). Quando se trata da conquista uma província de língua, leis e costumes diferentes, são necessários habilidade e sorte para uma boa gestão. O autor