Fichamento Maquiavel
Primeiramente, Maquiavel defende que um Estado pode somente adotar uma ou outra constituição: “(...) o principado só tem um caminho para a sua dissolução, que é descer até a república; e a república só tem um meio de dissolver-se: subir até o principado.” (Bobbio, p.85). Mas após, ele defendera a tese do Estado misto. Coloca-se a indagação da diferença entre Estado misto e intermediário que será esclarecida no decorrer do capitulo. “Não basta combinar uma forma de governo com outra para chegar a um governo misto. Há combinações que funcionam e outras que não. (...) Conforme veremos adiante, o governo misto que Maquiavel identifica no Estado romano é uma república compósita, complexa, formada por diversas partes que mantêm relações de concórdia contrastantes entre si. O Estado intermediário que ele critica deriva não de uma fusão de diversas partes, num todo que as transcende, mas da conciliação provisória entre duas partes que conflitam” (Bobbio, p.86).
A obra maquiaveliana se dedica aos Estados, mais especificamente a classificação dos principados: “A primeira distinção introduzida no livro é entre principados hereditários, nos quais o poder é transmitido com base numa lei constitucional de sucessão, e principados novos, onde o poder é conquistado por quem ainda não