Fichamento: história das ideias políticas
O Estado-cientificista, é uma forma privilegiada da autoridade soberana de países industrializados. Ele pretende ser uma síntese entre os três níveis constitutivos da coletividade: o domínio privado (família), a atividade econômica (sociedade civil) e a ordem estatal (Estado).
Raymond Aron define sociedade industrial como causalidade em virtude da qual a infra-estrutura tecnológica acarretaria um fortalecimento inelutável do poder estatal, fortalecimento que sofre ineflexõe em virtude do contexto ideológico-político.
O Estado-cientificista é virtualmente totalizante, pois é um “complexo militar-industrial” que engloba o político e o econômico.
A questão do Estado pode ser colocada em quatro pontos: totalitarismo, não mais como simples explicação do fascismo, mas comoinerente ao Estado-cientificista; História e ao lugar que lhe cabe na reflexão política; detecção do poder em todos os lugares e Estado, interroga sobre o enigma da obediência.
A interrogação sobre o totalitarismo começa com o nacional-socialismo e o stalinismo, mas não se limita ao problema da pertinência da aproximação entre essas duas ditaduras ou à explicação de seu sucesso.
Segundo Hans Kohn: as ditaduras totalitárias são fenômenos próprios do século XX, por causa de seu caráter “democrático”, são movimentos de massa. Embora tenham começado por uma conquista do poder por parte das minorias, elas tiveram êxito porque deram aos sonhos nebulosos das massas nacionais e porque elas fizeram eco às suas aspirações confusas e apenas conscientes.
A história e a sociologia permite distinguir claramente entre o tipo ideal e a realidade histórica do Estados totalitários.
O totalitarismo aparece assim, como uma recuperação da razão a serviço da dominação. Abandonar sua existência a favor do Estado, cujas leis garantem o legado, não é contravir com a conservação de si: o sacrifício torna-se racional.
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