Fichamento: Estudos Culturais - Dois paradigmas
Instituto de Cultura e Arte – ICA
Comunicação Social – Jornalismo
Disciplina: Teorias da Comunicação II
Professora: Kamilla Fernandes
Aluna: Bárbara Barroso Domingos
Fichamento: “Estudos culturais – Dois paradigmas”
Os estudos culturais não se baseiam em pontos fixos de entendimento. Suas realidades são sempre alteradas de acordo com os pensamentos, lógicas e crenças de estudiosos, sendo assim a existência de formas pré-fabricadas de entendimento bastante escassas. De acordo com o a definição do autor, “No trabalho intelectual sério e crítico não existem ‘inícios absolutos’ e poucas são as continuidades inquebrantadas.” (p. 131).
Constantes mudanças de perspectivas refletem no aumento da riqueza intelectual daqueles que pesquisam e se aprofundam nos assuntos que remetem à vulnerabilidade cultural – nascida a partir dos questionamentos de cada estudioso –, que continua sendo possuidora de conceitos donos de forte complexidade.
“O que importa são as rupturas significativas – em que velhas correntes de pensamento são rompidas, velhas constelações deslocadas, e elementos novos e velhos são reagrupados ao setor de uma nova gama de premissas e temas. Mudanças em uma problemática transformam significativamente a natureza das questões propostas, as formas como são propostas e a maneira como podem ser adequadamente respondidas.” (p. 131).
A explosão de estudos a respeito da cultura ocorreu em meados da década de 50, com dois livros que ajudaram bastante a transformar o cenário de pesquisas: As utilizações da cultura, de Hoggart e Cultura e Sociedade, de Williams. O mesmo pode ser dito a respeito dos escritos encontrados em A formação da classe operária inglesa, de E. P. Thompson. “Os livros pareciam, inicialmente, simples atualizações dessas preocupações anteriores, como referência ao mundo do pós-guerra. Retrospectivamente, suas ‘rupturas’ com as tradições de pensamento em que