Fichamento Estudos Culturais Ingleses – Ana Carolina Escosteguy
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Teoria da Comunicação IFichamento:
Estudos Culturais Ingleses – Ana Carolina Escosteguy
Os estudos culturais ingleses tem sua origem vinculada ao legado teórico-metodológico ligado ao coletivo de pesquisadores do Centro de Estudos Culturais Contemporâneos (cccs), fundado por Richard Hoggart, em 1964, na Universidade de Birmingham. Tais estudos tem origem britânica, mas se transformaram num campo de estudos que se adapta às distintas realidades dos locais aos quais são levados.
A definição do conceito de estudos culturais é dificultada pelo fato de não existir um corpo físico de conceitos, uma vez que esse corpo é transportado de um lugar para o outro e se adapta em muitos contextos. Esses estudos também não constituem uma nova disciplina, mas é pensado como o resultado de uma insatisfação de algumas disciplinas e seus limites. Há, aqui, o que chamamos de uma intersecção de disciplinas.
Há, nesses estudos, um comprometimento com uma determinada forma de estudar a cultura sob uma abordagem contextual e conjuntural. Tem-se aqui uma preocupação em analisar tanto as diferenças culturais determinadas por relações de poder quanto a relação entre a capacidade criativa e produtiva do sujeito, bem como as limitações de tal capacidade.
Aponta-se como precursora dos estudos culturais ingleses uma problemática de estudos conhecida como “cultura e sociedade” (1870; Inglaterra). Matthew Arnold, John Ruskin e Williams Morris são os autores que se destacaram nesse período. Apesar de distintos, os três compartilhavam de uma visão crítica em relação a sociedade moderna e classificaram o século XIX como o século do “mau gosto” da “sociedade de massa” e a “pobreza de sua cultura”.
Nascem novas formas culturais ligadas ao sistema industrial e na segunda metade do século XIX, surgem discussões sobre a regulação de novas atividades, como por exemplo, a publicidade.
Em 1932, é criada a revista Scrutiny por Frank Raymond Leavis. A revista se colocava contra o embrutecimento