FICHAMENTO DO TEXTO: A BURGUESIA CLÁSSICA.
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA
DISciPLINA: HISTÓRIA MODERNA I
DOCENTE SÉRGIO ROBERTO
Discentes:
FICHAMENTO DO TEXTO:
A BURGUESIA CLÁSSICA.
Rio Branco, Acre 24 de janeiro de 2013
EMMANUEL, Le Roy. O estado monárquico- A burguesia clássica.São Paulo, Companhia das letras.1994.
A noção de monarquia clássica comanda o devir político dos países franceses entre 1450 e 1789: ela corresponde a um antigo regime muito “alongado” que se escoa e depois se esboroa, em paz ou furor, desde o fim da guerra dos cem anos até o declínio do reinado de Luis XVI.
Um primeiro traço central põe em relevo o caráter sagrado da instituição monarquica. As cerimônias da sagração(exaltadas desde a idade média para fazer oposição ao império) e o toque régio das escrófulas. Com seu efeito curativo e miraculoso são a expressão conhecida.
Em Versalhes, fatos tão diferentes quanto o toque dos escrofulosos, a coleta para os pobres e o despimento vesperal do monarca ao clarão de uma vela fazem figura de cuidados respectivamente corporais e monetários.
Eles são administrados aos doentes e aos pobres pelo rei ou aplicados pelo primeiro camareiro ao corpo de sua majestade. Esses cuidados são inseparáveis de práticas religiosas: o toque das escrófulas é precedido pela comunhão do rei evocando a eucaristia sobre as santas espécies. O despimento real é acompanhado de uma prece noturna.
Esses diversos procedimentos implicam a escolha de certos companheiros, momentaneamente eleitos, que o rei distingue por ocasião de tais ritos entre os aristocratas de alta posição.
Assim, ressalta-se por meio de cerimônias que tratam o monarca como síntese de todas as virtudes, uma nobreza suprema com vocação guerreira, cuidados com o corpo que gera fecundidade, inclusive econômica.
As sacralidades soberanas têm outros efeitos menos cerimoniais e mais