Fichamento "do ponto de vista dos nativos"
Idéia Central: Geertz fala sobre o diário oculto de Malinowsky, publicado por sua esposa antropóloga e sua repercussão na Antropologia, mas o debate acabou centrado em questões superficiais, pois na verdade não se tratava de uma questão simplesmente ética, nem interessava muito discutir a opinião de Malinowsky a respeito dos nativos. Tratava-se de uma questão epistemológica. O que Geertz coloca em questão é justamente o fato de como o antropólogo pode assumir o ponto de vista do nativo sem o necessitar de um “algo mais”, algo que signifique uma identificação transcultural entre pesquisador e nativo.
Idéias Secundárias: Várias formulações foram baseadas em variadas oposições: descrições vistas de fora/vistas de dentro, descrições na primeira pessoa/na terceira pessoa, descrições fenomenológicas/objetivistas, descrições cognitivas/comportamentais, análises éticas/êmicas. O que ele considera “a forma mais simples e direta de colocar a questão” foi formulada pelo psicanalista Heinz Kohut, com os seus conceitos de “experiência-próxima” e “experiência-distante”: Isto porque Geertz quer enfatizar que se trata de uma questão de grau, não de oposição, ou seja, na antropologia não temos conceitos melhores que outros. Sua preocupação principal era tentar determinar como as pessoas que vivem nessas sociedades se definem como pessoa, o que entre na idéia que formam da identidade de um javanês, um balinês ou um marroquino. Sempre, em cada caso, sem se imaginar como outra pessoa, mas procurando e analisando as formas simbólicas - palavras, imagens, instituições, comportamentos, etc. Em termos dos quais, em cada lugar as pessoas realmente se representam para si mesmas ou umas para as outras.
Conceitos e definições: Java, Bali e Marrocos
Geertz estuda a noção de pessoa em Java, Bali e Marrocos, buscou compreender as representações que pessoas dessas sociedades faziam de