Gertz Fichamento
Número de Matrícula: 201473009A
Matéria: Indivíduo, Cultura e Sociedade
Juiz de Fora
Fichamento do Livro “O saber local: novos ensaios em antropologia interpretativa”. Capítulo 3 - “Do ponto de vista dos nativos: a natureza do entendimento antropológico” De Clifford Geertz
Neste capítulo, Geertz faz breves citações do trabalho de Malinowski, quando uma de suas obras fora publicado, mostrando uma parte considerada "negativa" dos antropólogos, que na época eram conhecidos como pacientes, cosmopolitanos, adaptáveis a ambientes exóticos, etc. Entretanto, nessa obra Malinowski revela outra concepção sobre as experiências, dizia coisas desagradáveis sobre nativos e comentários negativos, aparentando uma imagem de total intolerancia e esquecendo-se então o objetivo do diário de Malinowski. Geertz então, aponta a questão de que é necessário que os antropólogos vejam o mundo do ponto de vista dos nativos, porém sem se deixar aproximar tanto e nem ficar muito distante.
Aponta-se então dois tipos de experiências: A experiência próxima e a distante. A primeira consiste em definir aquilo que seus semelhantes vêem, sentem, pensam, imaginam. A segunda é aquele que especialistas de qualquer tipo - um analista, padre, pesquisador - utilizam para levar a cabo seus objetivos científicos, filosóficos ou práticos. Mesmo ambas sendo diferentes, são bastante relativas. Geertz diz que etnógrafos não devem se prender a esses conceitos. Cita Malinowski na seguinte frase "no caso dos nativos não é necessário ser um deles para conhecer um". A melhor maneira de se obter uma boa análise antropológica, é "ver as coisas do ponto de vista dos nativos" e não se deixar envolver por empatias com seus informantes.
No texto, o autor resolve apresentar seus trabalhos, nos quais os objetivos eram identificar como as pessoas que vivem nessas sociedades se definem como pessoas, o que seria o "eu" para elas.