Fichamento do Livro - A República
Nome da Obra: A Republica
Ano da edição: 2000
Nome da editora: Martin Claret
Nome do autor: Platão
LIVRO I
N° da página
Texto
6-7
Em verdade, Céfalo, eu aprecio conversar com os velhos. Penso que devemos aprender com eles, pois são pessoas que nos antecederam num caminho que também iremos trilhar, para assim conhecermos como é: áspero e árduo ou tranquilo e cômodo. Com certeza, ser-me-ia agradável conhecer tu opinião, porquanto já alcançaste a fase da existência que poetas denominam “o limiar da velhice”. Como julgas este momento da tua vida?
9
As tuas palavras maravilhosas, ó Céfalo. Mas essa virtude de justiça resume-se em proferir a verdade e em restituir o que se tomou de alguém, ou podemos dizer que ás vezes é correto e outras vezes incorreto fazer tais coisas?
9
Justiça não significa ser sincero e devolver o que se tomou.
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Logo, meu amigo. A justiça é muito pouco importante, se ela se aplica somente a coisas inúteis. Mas vamos examinar o seguinte: em um combate ou numa luta qualquer, o homem mais capaz de desferir golpe é também o mais capaz de se defender?
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Logo, parece que a justiça, na tua opinião, da de Homero e Simônides, corresponde a uma determinada arte de furtar, porem a favor dos amigos e em prejuízo dos inimigos
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Tens razão quanto ao fato de que me instruo com os outros, mas estás enganado ao pretender que não lhes ago na mesma moeda. Pois eu pago na medida em que posso.
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É esta a sabedoria de Sócrates: recusar-se a ensinar, ir instruir-se com os outros e não se mostrar reconhecido por isso!
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Ouve, então. Eu digo que a justiça é simplesmente o interesse do mais forte. Então, que esperas para me aplaudir? Vais-te recusar!
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Ainda não é evidente que seja grande; mas é evidente que é necessário examinar se falas verdade. Reconheço que o justo é algo vantajoso; mas tu acrescentas à definição que é o interesse do mais forte; por mim, ignoro-o: preciso analisá-lo.
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Então, acreditas também justo fazer o que é desvantajoso