Fichamento livro vii - a república
“Pois bem! Julga de acordo com o que acabamos de dizer. Se a unidade é percebida em si mesma, de maneira satisfatória, pela vista ou por qualquer outro sentido, ela não atrairá nossa alma para a essência, não mais do que o dedo de que falamos há pouco; mas se a visão da unidade oferece sempre alguma contradição, de sorte que não pareça mais unidade do que multiplicidade, será necessário então um juiz para decidir; a alma fica forçosamente embraçada e, despertando nela o entendimento, é compelida a pesquisar e a indagar o que pode ser a unidade em si; assim, a percepção da unidade é das que conduzem e despertam a alma e a fazem voltar para a contemplação do ser.” (pág. 278)
“(...)Talvez, no fim das contas, sejas tu que ajuízes bem e eu estupidamente; mas não posso reconhecer outra ciência que faça olhar pra cima, exceto a que tem por objeto o ser e o invisível; e se alguém tentar estudar uma coisa sensível, olhando para o alto, de boca aberto, ou para baixo, de boca fechada, afirmo que jamais saberá algo, pois a ciência não comporta nada de sensível, e que sua alma não olha para o alto, mas para baixo, ainda que estude deitado de costas sobre a terra ou flutuando de dorso sobre o