Fichamento do livro Fundamentação ética e hermenêutica
Índice
1. Alternativas do direito na modernidade
1.1. Um diagnóstico autocrítico do MDA
No jubileu de 2001, no décimo aniversário do Movimento de Direito Alternativo (MDA) comemorou-se os bons tempos de congressos. No entanto, esta data ao mesmo tempo que serve para comemorar os feitos angariados pelo movimento, também serve de escopo para rememorar e buscar a partir dessas memórias uma visão prospectiva sobre o direito.
A contribuição do MDA para o desenvolvimento do pensamento crítico no direito pelo longo de mais de uma década é de indubitável suma relevância, pois contribuiu para que os movimentos sociais não ficassem a margem de idéias e imagens negativas sobre as instituições jurídicas, além de ter provocado diversos diálogos e produções acadêmicas. Em contraponto, o MDA, pereceu ao desperdiçar muitas oportunidades de conquistas e avanços, resultando na crise do Movimento de Direito Alternativo.
Outrossim, o MDA por ser caracterizado como um movimento que entende seu papel ativo diante dos transtornos advindos da modernidade, precisa ter uma auto-critica e analisar toda sua trajetória para poder intervir. Assim, através dessa revisão sobre seus feitos, busca-se refundar uma nova MDA no direito positivo, influenciando-o. Para isso, almeja-se revigorar as próprias bases teóricas para poder ser incisivo ao tentar remodelar a história jurídica e da própria sociedade. Trata-se do empenho como juristas-cidadãos e da luta do cidadão-jurista pela realização da modernidade jurídica e social. O escopo é numa perspectiva interna ao direito, privilegiando a luta do jurista-cidadão no meio jurídico.
Almeja-se nesse novo movimento do MDA provocar uma discussão dirigida, a toda a comunidade jurídica e compartir reflexões com intelectuais dispostos a apresentar teses referentes as duas grandes áreas temáticas cujas carências são mais