Fichamento de cartografia
“numa cartografia quem terá seu fígado devorado todos os dias será o juízo (Deleuze, 1997). Nenhuma explicação será dela, apenas intensidades, as quais produzirão o sentido e o extenso pelo contato, por contágio, por aquilo que faz/deixa passar. Ler uma cartografia (Deleuze e Gattari, 1995ª) é fazê-la, desfazê-la, habitá-la com elementos do si no coletivo”.
“O mapa não é sagrado, não unifica. È aberto e suscetível a modificações, conectável, reversível, desmontável. Pode ser rasgado, dobrado, reimplantado”.
“O cartografo cria o mapa na medida em que fabrica seus intercessores. Deixa-se transformar e transforma, interfere, intervém, assim tenta habitar o devir. Ele fabrica seus intercessores ao mesmo tempo em que produz o mapa de um território existencial, visto que que não há outro modo de mapear um território que não seja testando, abalando, explorando, seus limites, suas bordas”.
“A duração (Bergson, 2006; Deleuze, 1999), comporta duas características fundamentais: continuidade e heterogeneidade. E condição da experiência, sendo esta um misto de e da duração”.
“O método do bergonismo para decompor esse misto e revelar essas “multiplicidades” é a intuição. A intuição em Bergson, segundo Deleuze (1999) consiste em um método elaborado e preciso definido por três espécies de atos ou regras (1) “aplicar a prova do verdadeiro e do falso aos próprios problemas, denunciar os falsos problemas, reconciliar verdade e criação no nível dos problemas”; (2) lutar contra a ilusão, encontrar as verdadeiras diferenças da natureza ou as articulações do real” e (3) “Colocar os problemas e resolvê-los mais em função do tempo do que do espaço”.
“O cartografo (Deleuze, 1999) registra o que se passa durante o acontecimento, durante o encontro, por dentro de si. Os registros de intensidades estarão no corpo, na sensibilidade, em memoria”.
“As narrativas