Fichamento Dada
“A formação colonial brasileira entre os séculos XVI e XIX é uma realidade histórica que chegou ate nós por sucessivas interpretações, de modo que não podemos ter a pretensão de conhecê-la como realmente foi [...]”. (P. 13)
“[...] Até o inicio do século XVII predominava a ideia de que a colônia era mero apêndice, secundário e pior que a Metrópole: o Brasil era visto como América Portuguesa. [...]” (p.13)
“[...] A primeira concepção efetivamente completa da formação colonial apareceu nas décadas de 1840 1850, com o desenvolvimento dos estudos brasileiros no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a publicação da Historia geral do Brasil, de Varnhagen, em 1854 [...]” (p.13)
“O Brasil dessa época lutava pela unidade politica, ameaçada por tendências desagregadoras de movimentos revolucionários. A elite politica que chegara ao poder com a consolidação da Independência precisava exorcizar alguns fantasmas que ameaçavam, como as tentativas de separação de algumas províncias, a possibilidade de uma grande revolta de escravos e a desarticulação da vida politica, com o conflito de poder entre o Legislativo e o Imperador.” (p. 14).
“[...] O estudo da formação colonial era, assim, parte indispensável de um programa politico que visava à consolidar a nação e o Estado brasileiro.” (p.14)
“A formação colonial reduzia-se, assim, ao estudo da obra dos pais fundadores e da definição das fronteiras da nação [...] Era a época , também, da entrada no país de novas concepções estéticas, filosóficas e cientificas, como o realismo literário, o positivismo e o evolucionismo.” (p.14).
“A visão predominante politica que se tinha da historia colonial foi sendo substituída por preocupações de ordem social. [...] Homens como o historiador Capistrano de Abreu, o critico literário Silvio Romero, o escritor Euclides da Cunha e os filósofos Tobias Barreto e Texeira Mendes acreditavam que o novo objeto de estudo das ciências sociais