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A (RE) ESTRUTURAÇÃO SOCIOESPACIAL DE UMA CIDADE MÉDIA: O
PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA EM PATOS - PB

Wilma Guedes de Lucena
Mestranda vinculada ao PPGG/UFPB
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RESUMO:
O atual processo de urbanização brasileira tem gerado inúmeros problemas sociais, dentre eles está o relacionado a habitação. O objetivo do presente estudo é o de analisar o processo de (re) estruturação da cidade de Patos - PB, enquanto cidade média, a partir da atuação do mercado imobiliário e sua relação com as políticas públicas habitacionais, especificamente o Programa
Minha Casa Minha Vida. Para tanto será realizada uma pesquisa de dados socioeconômicos em órgãos públicos e uma pesquisa de campo nos bairros beneficiados pelo PMCMV na cidade. A questão pertinente ao presente trabalho está relacionada ao processo de segregação socioespacial nas cidades médias e a atuação dos incorporadores imobiliários e gestores públicos, através de programas habitacionais, nesse processo.

PALAVRAS-CHAVE: Cidades médias; Segregação socioespacial; Programas habitacionais; Minha Casa Minha Vida; Patos/PB.

INTRODUÇÃO
No decorrer do século XX, ocorreu no Brasil um intenso processo de urbanização. Esse novo contexto da realidade urbana brasileira, que se evidencia cada vez mais nessa primeira década do século XXI, produziu cidades em que se acentuam ainda mais a segregação socioespacial e consequentemente a exclusão social. Esse processo vem atrelado a uma série de problemas urbanos difundidos tanto nas metrópoles e nos grandes centros como também nos espaços não metropolitanos.
Dentre esses problemas, enfatiza-se o da habitação. Conforme Pequeno (2008,
p. 3), a questão da habitação se destaca não apenas pelas especificidades de suas formas e alternativas regionais, como também pelas similaridades das ações dos agentes produtores do espaço urbano ao longo do tempo. Visando diminuir os impactos sociais gerados por esse padrão de urbanização de caráter excludente, os Governos (desde o
Regime