Fichamento da obra "Politica Juridica e Pós-Modernidade"

Inicialmente a obra "Politica Juridica e Pós-Modernidade" aborda a situação composta por crises e complexidades que prejudicam a relação Sociedade e Estado. Isso porquê, a Modernidade caracteriza-se por elaborar teorias para atuação do Direito que quando postas em prática não obtêm eficácia, ou seja, não cumprem com a função essencial da área jurídica: promover o bem comum, garantindo e assegurando os direitos que pertencem à cada um.

A produção de conhecimento através da ciência tomou um rumo simplista e limitado à divisão da áreas de conhecimento. O hábito filosófico de auto-crítica, reflexões e indagações foi deixado de lado, dando lugar a uma certa comodidade por parte dos indivíduos que não se importavam em averiguar ou refletir sobre as questões as quais lhe eram apresentadas, pois estas vinham prontas e representavam verdades absolutas.

Esse estado permitiu o surgimento da dominação por parte dos mais fortes, que motivados por seus interesses particulares, usavam de ferramentas como a econômica e a política para controlarem os mais fracos. A então Modernidade tornou-se palco de opressão e de grandes desigualdades.

O Direito, como órgão de organização social, deve tomar algumas atitudes para corrigir essa situação. Primeiramente, é essencial desconsiderar a globalização como meio propício para a atuação jurídica, já que, o mundo, sob o ponto de vista globalizado, submete todos à um meio de vida único, sem considerar diferenças regionais ou culturais.

Para a elaboração e prática do Direito essa visão é totalmente negligente, pois cada realidade é diferente da outra, e suas disparidades de necessidades exigem leis únicas. Sociedades podem ser submetidas aos mesmos modelos econômicos e políticos, mas suas respostas a estes serão diferentes.

Faz-se, portanto, o uso da Filosofia como ferramenta para a compreensão da razão sensível e das subjetividades de cada indivíduo, proporcionando uma melhoria tanto na visão quanto na prática das