Fichamento CHARTIER, Roger.
“[..] o autor cedia sua preeminência ao leitor, visto como este ‘alguém que mantém reunidos num mesmo campo todos os traços que constituem um escrito’. (Barthes, 1984)”
p. 104
“Elas [as ofertas] se traduziram por uma explosão de não-vendidos que pesaram nos balanços financeiros das empresas. É essa a razão das escolhas feitas pelos editores nesses últimos anos: redução do número de títulos publicados, contração de tiragens médias, extrema prudência diante das obras consideradas por demais especializadas e das traduções: preferência concedida aos manuais, aos dicionários e às enciclopédias.”
p. 105
“[...] a morte do leitor e o desaparecimento da leitura são pensados como a conseqüência inelutável da civilização da tela, do triunfo das imagens e da comunicação eletrônica.”
p. 105-6
“A antiga oposição entre, de um lado, o livro, a escrita, a leitura, e, de outro, a tela e a imagem é substituída por uma nova situação que propõe um novo suporte para a cultura escrita e uma nova forma para o livro. (cf. Zilberman, 2001)”
p. 106
“A invenção da página, as localizações garantidas pela paginação e pela indexação, a nova relação estabelecida entre a obra e o objeto que é o suporte de sua transmissão tornaram possível uma relação inédita entre o leitor e seus livros.”
p. 107
“Porém, o mais provável para as próximas décadas é a coexistência, que não será forçosamente pacifica, entre as duas formas do livro e os três modos de inscrição e de comunicação dos textos: a escrita manuscrita, a publicação impressa, a textualidade eletrônica.”
“Esse ultimo [o livro eletrônico] não pode ser a simples substituição de um suporte por outro para obras que permaneceriam concebidas e escritas na antiga lógica do códex.”
“[...] os livros eletrônicos organizam de uma nova maneira a relação entre a demonstração e as fontes, a organização de da argumentação e os critérios da prova.”
p. 108
“Uma vez estabelecido o predomínio do códex, os autores