Historia cultural - entre práticas e representações.
CHARTIER, Roger. Historia Cultural - Entre práticas e representações. Lisboa/ Rio de Janeiro. Difel/ Bertrand Brasil, 1990.
Textos, Impressos, Leituras (pp. 121-139).
“Transformar em tensão operatória aquilo que poderia surgir como uma sociologia histórica das praticas de leitura que tem por objetivo identificar, para cada época e para cada meio, as modalidades partilhadas do ler – as quais dão formas e sentidos aos gestos individuais - , e que coloca no centro da sua interrogação os processos pelos quais, face a um texto, é historicamente produzido com sentido e diferenciadamente construída uma significação.” (p.121).
“A questão é simples: como é que um texto que é o mesmo para todos aqueles que o lêem pode tornar-se um..., é a partir da interrogação de um autor antigo sobre um velho que gostaríamos de formular as propostas e as hipóteses essenciais que estão na base de um trabalho empenhado, sob diversas formas, na história das praticas de leitura, entendidas nas suas relações com os objetivos impressos ( que não são todos os livros, longe disso) e com os textos que servem de suporte.” (p.122).
“Uma outra atitude só retém da tragicomédia as formulas facilmente memorizáveis,... leitura que não estabelece qualquer relação intima, qualquer relação individualizada entre o leitor e aquilo que ele lê.” (p. 122)
“Eles põem em pratica uma leitura plural, que distingue o cômico e o sério, que retém os sentidos morais de uma história capaz de orientar a existência individual, que entender na primeira pessoa aquilo que é proposto a todos.” (p.123).
“Por outro lado, o leitor é, sempre, pensado pelo autor, pelo comentador e pelo editor como devendo ficar sujeito a um sentido único, a uma compreensão correta, a uma leitura autorizada. Abordar a leitura é, portanto, considerar, conjuntamente, a irredutível liberdade dos leitores e os condicionamentos que pretendem refreá-la.” (p.123).
“Assim, para Rojas, as opiniões diversas sobre a