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ARISTÓTELES
A teoria tradicional das formas de governo é exposta por Aristóteles na sua obra Política, que está dividida em oito livros, onde dois deles estão aplicados à descrição e a classificação das formas de governo. O primeiro trata-se da origem do Estado, o segundo critica as teorias políticas precedentes, em destaque a platônica. O termo utilizado por Aristóteles para identificar o que se vem chamando de ''forma de governo'' é ''politeia'', traduzido como ''constituição''. Durante o livro terceiro de Politica Aristóteles destaca a definição desta palavra: ''A constituição é a estrutura que dá ordem à cidade, determinando o funcionamento de todos os cargos públicos e sobretudo da autoridade soberana (1278 b)'' Segundo Aristóteles, quando um só, poucos ou muitos exercem o poder buscando um interesse comum, temos constituições retas, porem, quando buscam interesses pessoais, existem desvios. O reino é a forma de governo monárquico que visa o bem comum, já a tirania é a forma degenerada deste governo, assim como a aristocracia (governo de poucos) que tem como objetivo o bem comum, e por sua vez a forma depravada é a oligarquia, o governo da massa que busca o bem público, é denominado polida, e sua forma corrompida é a democracia. Aristóteles forma uma espécie de hierarquia entre as formas de governo, vindo primeiramente as boas e logo em seguida as más, que são mais afastadas da constituição verdadeira. O poder despótico, aquele pelo qual o Senhor exerce sobre os escravos -para Aristóteles existem escravos, pois há homens que já nascem subordinados, pela sua natureza- é diferente daquele em que o pai exerce sobre o filho, o despotismo é absoluto, que visa o interesse do senhor, que o detém. Bobbio apresenta características para a oligarquia (governo de poucos) e democracia (governo de muitos) usando argumentos e trechos de Aristóteles -onde o mesmo acreditava que a política