Fichamento Apologia da História
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BLOCH, Marc. Apologia da Histria. Traduo Andr Telles. Rio de Janeiro Editora Zahar, 2002. p.41 p.67. Por hora estamos apenas, quanto a esse assunto, no estgio do exame de conscincia. Cada vez que nossas tristes sociedades, em perptua crise de crescimento, pem-se a duvidar de si prprias, vemo-las perguntar se tiveram razo ao interrogar o seu passado ou se o interrogaram devidamente. (p.42). Como todos os historiadores, eu penso. Sem o qu, por quais razes teriam escolhido esse ofcio Aos olhos de qualquer um que no seja um tolo completo, com quatro letras, todas as cincias so interessantes. Mas todo cientista s encontra uma nica cuja pratica o diverte. Descobri-la para a ela se dedicar propriamente o que se chama vocao. (p.43). Ningum, imagino, ousaria mais dizer hoje em dia, como os positivistas de estrita observncia, que o calor de uma investigao se mede, em tudo e para tudo, por sua aptido a servir a ao. (p.45). Pois h uma precauo que os habituais detratores da histria parecem no ter percebido. A palavra deles no carece nem de eloquncia, nem de espirituosidade. Em sua maioria porm, omitiram-se de se informar exatamente sobre aquilo de que falam. (p.46). Aceitamos muito mais facilmente fazer da certeza do universalismo uma questo de grau. No sentimos mais a obrigao de buscar impor a todos os objetos do conhecimento um modelo intelectual uniforme, inspirado nas cincias da natureza fsica, uma vez que at nelas esse gabarito deixou de ser integralmente aplicado. (p.49). No deixa de ser menos verdade que, face imensa e confusa realidade, o historiador necessariamente levado a nela recortar o ponto de aplicao particular de suas ferramentas em consequncia, a nela fazer uma escolha que, muito, claramente, no a mesma que a do bilogo, por exemplo que ser propriamente uma escolha de historiador. Este um autentico problema de ao. Ele nos acompanhar ao longo de todo o estudo. (p.52). Uma coisa , para a inquieta conscincia que busca uma regra para s, fixar sua atitude em