Fichamento Apologia a História

“Dizem-nos que o historiador não pode, em absoluto, e por definição, observar os factos que estuda” (p. 103) - A visão do historiador sobre o fato que estuda, pode provocar a imparcialidade, sendo assim o mesmo tendencioso, ou até mesmo a impossibilidade de retratar os fatos de modo abrangente.
“Se lhe tivesse sido dado contemplar com os seus próprios olhos, de uma das torres do Templo, o cortejo medonho, que mantivesse –[como é de crer]–em tais circunstâncias, o sangue-frio do sábio, e, além disto, tivesse tido o cuidado de registrar logo as suas observações, por desconfiar, e com razão da sua memória”(p.105)
- O historiador ao assumir o papel de “testemunha” do fato ocorrido, submete-se a julgamentos acerca da produção do seu trabalho e até o julgamento sobre as suas faculdades mentais e se o mesmo estava habilmente capacitado para realizar tal retratação de fatos.
“ pareceu impor-se esta conclusão: desde de o terceiro milénio antes da nossa era, as cidades do Baixo Eufrates mantinham relações de permuta com terras extremamente longínquas” (p.106)
- Desde o começo das avalies o cientista elabora teses que mais se aproximem da real situação, sendo as teses passiveis de erros ou de refutações.
“ Não podemos – ou não ousaríamos fazê-lo, supondo que fosse possível - provocar deliberadamente um pânico ou um movimento de entusiasmo religioso. Contudo sempre que os fenómenos estudados pertencem ao presente ou ao passado mais próximo, o observador – por muito incapaz que seja de os forçar a repetirem-se ou lhes alterar o curso a seu bel-prazer” (p.108)
- O responsável pelas condições de reprodução dos fatos poderá alterar o resultado de modo que o agrade, tendo assim o curso tendencioso e imparcial, suprimindo os possíveis reais fatos.
“O passado é, por definição, um dado que coisa alguma pode modificar” (p.109) - O passado é inacessível, portanto que relatou sobre o passado pode ter feito ao seu modo.
“Porque os textos, ou os documentos arqueológicos,