Ficha de leitura - cão como nós
Título: Cão Como Nós
Editora: Dom Quixote
Breve introdução sobre o autor: Manuel Alegre de Melo Duarte nasceu em Águeda, a 12 de Maio de 1936, e estudou em Coimbra onde foi dirigente associativo. Mobilizado para Angola, opôs-se à guerra colonial, foi preso e acabou por se exilar em Paris e Argel. Depois do 25 de Abril, passou a exercer as funções de deputado. Os seus livros de poemas Praça da Canção e O canto e as Armas foram símbolos da oposição a Salazar. Além de muita poesia, tem escrito narrativa como Cão como Nós, Jornada de África, Rafael. Recebeu o Prémio Pessoa em 1999.
Comentário: Este livro mostra-nos a intimidade que existia entre um cão chamado Kurika de raça epagneul-breton e o seu dono que é o autor deste livro. Ao longo do livro vai-se cada vez mais percebendo o porquê de se considerar o cão, o melhor amigo do homem, uma vez que o autor refere que muitas vezes se deparava a falar com o cão e a contar-lhe histórias, aventuras e por vezes segredos. O cão era adorado por todos os membros daquela família por ser meigo, calmo, brincalhão, entre muitas outras qualidades que o mesmo possuía. Para o autor o cão sempre foi considerado como um animal, apesar de existir uma relação bastante íntima entre ambos, já para os filhos do autor não era assim. Estes possuíam uma relação mais intima com o cão e por isso muitas vezes chegavam mesmo a dizer este é cão é “cão como nós”. A parte que mais me entristeceu neste livro foi quando o cão começou a adoecer e devido à relação bastante intima que todos naquela casa possuíam com o cão foi um pouco difícil passado algum tempo enfrentar a morte do mesmo. Nesta altura penso que o cão foi visto como “humano” e não como animal, até mesmo pelo próprio autor do livro que sempre refutou dizer-se tal coisa. Após o cão morrer devido à grande relação de intimidade que existia entre autor e cão, o primeiro continua a sentir que o cão existe embora invisível, uma vez que ele