Ficha de leitura Cão como Nós

Biografia do Autor Manuel Alegre de Melo Duarte é um escritor e político nascido em Águeda, a 12 de maio de 1936. Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra, na qual se envolveu ativamente no movimento estudantil. Em 1961, é mobilizado para Angola onde participa num movimento de resistência no interior das Forças Armadas e numa tentativa de revolta militar. É, então, preso pela PIDE, passando seis meses em Luanda. Aí escreve grande parte dos poemas do seu primeiro livro Praça da Canção (1965).
Resumo da Obra: Este livro relata a história de um épagneul-breton, de nome Kurika, que era bem diferente dos outros cães. Era um cão rebelde, caprichoso, desobediente, que gostava de chamar a atenção mas esperto e carinhoso. Ele não queria ser cão mas sim um elemento da família, sendo assim tratado por esta. Kurika considerava a dona como mãe e os filhos como irmãos. Todavia, a sua relação com o dono era mais complicada uma vez que nem ele o via como pai, nem o dono o via como filho, pois dizia que "Cão é cão.". Até que um dia, Kurika lhe salva a vida. O dono tinha colocado café a aquecer no fogão e deitara-se, adormecendo. Ao perceber isto, o cão começou a raspar a porta, acordando o dono que logo apagou o lume e abriu as janelas de casa, salvando-lhe a vida. Daí em diante começou a aperceber-se que Kurika, afinal, não era como os outros cães e que ele partilhava as alegrias e as tristezas da família. De facto, quando o avô morreu, Kurika apercebeu-se da sua ausência. No entanto, deitou-se como de costume em frente à cadeira dele como se ele estivesse lá. Certo dia, o cão desapareceu instalando o pânico na família que tinha ido à praia. Porém, passado algum tempo, já tinha sido encontrado por uma pessoa que o levara à G.N.R.. Contudo, Kurika estava diferente, parecia triste. Dias mais tarde, o cão começou a ter ataques frequentemente mas logo era levado para o veterinário. Apesar de todos os esforços, Kurika acabou mesmo por morrer