FIBROPAPILOMATOSE EM TARTARUGAS MARINHAS
Diego Allan Dos Anjos Ferreira
Ciências Biológicas
FIBROPAPILOMATOSE EM TARTARUGAS MARINHAS
Santa Teresa 2014
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo abordar a fibropapilomastose em tartarugas marinhas, uma doença neoplásica caracterizada por um único ou múltiplos tumores fibroepiteliais cutâneos. O tamanho varia de poucos milímetros até 30 centímetros de diâmetro e apesar de ser benigno pode causar a morte por interferir na visão, locomoção, alimentação e respiração.
A etiologia da doença ainda é desconhecida e acredita-se que seja multifatorial, embora um herpesvírus venha sendo associado com quase 100% dos tumores uma doença infecciosa que acomete as tartarugas marinhas em todo o mundo.
Serão apresentados alguns aspectos da doença e uma revisão da literatura desta doença que tem sido reportada desde o final da década de 1930, na Flórida, a partir dos anos 80 sua incidência chegou a níveis alarmantes. No Brasil já é bastante comum em toda costa habitada pelas tartarugas.
INTRODUÇÃO
As tartarugas marinhas habitam diversas regiões do mundo. Das sete espécies de tartarugas existentes nos oceanos, cinco podem ser encontradas nos mares brasileiros: Caretta caretta (tartaruga cabeçuda ou amarela); Chelonia mydas (tartaruga verde); Eretmochelys imbricata (tartaruga de pente); Lepidochelys olivacea (tartaruga oliva) e Dermochelys coriacea (tartaruga de couro ou gigante) (SANTOS, 1994).
Trindade (Filippini, 1988). Algumas espécies estão ameaçadas de extinção devido à pesca, predação de ovos e poluição do habitat natural. A expansão urbana e o desenvolvimento da região litorânea intensificaram a iluminação nas áreas de desova, Neotropical Biology and Conservation 65
Fibropapilomatose em tartarugas marinhas afugentando as tartarugas e desorientando os filhotes, que, atraídos por luzes artificiais, afastam-se do mar. O trânsito de veículos nas praias também pode aumentar a mortalidade dos filhotes, devido à compactação da