Fibropapilomatose em tartarugas marinhas
Existem 7 espécies de tartarugas marinhas, sendo que 5 delas são encontradas na costa brasileira: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea), tartaruga-verde (Chelonia mydas) e tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea). Todas elas estão ameaçadas no Brasil e no mundo (BAPTISTOTTE, 2007). Além de todas as ameaças que elas vêm sofrendo, a fibropapilomatose, ou “green turlte fibropapillomatosis” (GTFP), é também de grande importância. Esta é uma doença infecciosa caracterizada por tumores múltiplos cutâneos, de variados tamanhos, podendo ser encontrados em diferentes pontos do corpo, principalmente na base das nadadeiras, cauda, pescoço e cabeça. Estes podem também atingir órgãos internos como pulmões, fígado e rins (MATUSHIMA et al., 2001). Esta doença representa importante ameaça, por ser debilitante e fatal, às tartarugas marinhas, principalmente tartarugas-verdes (Chelonia mydas), as quais são as mais afetadas (ROSSI, 2007). Pesquisas a campo mostram que as tartarugas mais afetadas são aquelas que freqüentam áreas com alta densidade humana, grande aporte de resíduos tóxicos e alto índice de poluição (BAPTISTOTTE, 2007). O estudo etiológico da fibropapilomatose pode ser importante para que possa ser feito um possível controle nas áreas em que há maior incidência da doença (AGUIRRE; LUTZ, 2004).
2. TARTARUGAS MARINHAS
As tartarugas marinhas existem há mais de 180 milhões de anos, sobrevivendo a todas as mudanças do planeta. Estes animais evoluíram, passando de terrestres para marinhos, adaptando-se a essa vida. Atualmente as tartarugas correm perigo por ameaças como, por exemplo, poluição, caça, coleta de ovos, destruição de habitat e ninhos, captura acidental por redes de pesca e predação, sendo que algumas já estão extintas (Projeto TAMAR; BAPTISTOTTE, 2007). Por serem animais marinhos, de respiração