Ferritina
Álex Gutemberg Cabral Barbosa
NÍVEIS DE FERRITINA
Natal
2015
Ferritina alterada
Para saber se você tem a ferritina no sangue alterada, alta ou baixa, será necessário realizar um exame laboratorial, não requer jejum, mas se puder adiar a realização do teste quando estiver gripado ou com evidência de alguma inflamação é recomendado (ver abaixo). O teste tem por finalidade avaliar e diagnosticar anemias ferroprivas e homocromatoses. No caso da anemia ferropriva geralmente a ferritina é solicitada pelo médico depois de identificar no hemograma uma hemoglobina e hematócrito baixos, com presença de microcitose e hipocromia, pode solicitar ainda, capacidade total de ligação de ferro, dosagem de ferro sérico. A ferritina está localizada em vários tecidos como fígado, baço, medula óssea e intestino.
A ferritina é a proteína principal de armazenamento de ferro no corpo, desta forma quantifica indiretamente as reservas de ferro. O valor do exame ferritina reflete o nível de estoque celular de ferro, mas atenção para os estados inflamatórios. Thiago Zago relata que quase todo o ferro contido nas moléculas de hemoglobina e de citocromos é reciclado. As hemácias com mais de 120 dias são eliminadas e degradadas no baço e no fígado. A molécula de hemoglobina da hemácia é formada por uma parte protéica (globina) e pelo grupamento heme. A globina é degradada a aminoácidos e o grupamento heme é clivado e libera CO e Fe3+ (férrico).
“O ferro liberado é estocado em partículas de ferritina nos macrófagos. Tal partícula consiste de um envoltório protéico chamado de apoferritina, que envolve até 4300 íons de Fe3+. O ferro absorvido no TGI também é absorvido como Fe3+ e é armazenado na molécula de ferritina. No sangue, o Fe3+ é transportado por uma molécula chamada de transferrina. A molécula de transferrina transporta dois íons de Fe3+ de cada vez.”
Normalmente, por volta de 20% do ferro do organismo está ligado a ferritina