Feijao transgenicos
De acordo com um dos pesquisadores responsáveis pela invenção do método – e da elaboração do feijão transgênico – Francisco Aragão, da Embrapa, a soja desenvolvida em parceria com a Basf aguarda aprovação para ser comercializada na União Europeia, Japão e na China, mercados consumidores da soja brasileira. O produto também já foi aprovado pela CTNBio em 2009.
“Temos total confiança de que testamos em áreas representativas de mais de 90% das áreas em que se cultiva feijão no país” “Nós temos uma patente do sistema de transformação genética”, explicou Aragão, em entrevista à Inovação Unicamp.
O sistema patenteado envolve desde a inserção do DNA “estrangeiro” na planta por meio de biobalística – o disparo, contra a célula vegetal, de projéteis microscópicos portadores do trecho de código que se quer acrescentar ao material genético original – até a seleção das melhores variedades.
“O foco da patente é o sistema de seleção”, explicou o pesquisador.
Feijão resistente
O feijão aprovado pela CTNBio tem, em suas células, trechos de DNA do vírus do mosaico amarelo, exatamente a praga que a modificação genética busca combater. Transmitido para a planta por moscas infectadas, o vírus provoca perdas anuais de cerca de 90 mil toneladas de feijão, no Brasil.
Com a modificação, o feijão passa a produzir fragmentos de RNA idênticos aos do vírus, o que deixa a planta preparada para o caso de uma infecção real ocorrer. O efeito é semelhante ao de uma vacina. Com isso, espera-se que diminua o consumo de pesticidas nessa lavoura.
A Embrapa não pretende