Fatos e mitos do antigo Egito
Edmilson José Zanin
Margaret Marchiori Bakos é professora adjunta do Curso de História da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e pós-doutorada em História do Egito e escrita hieroglífica. Em 1988/89 passou a desenvolver estudos sobre egiptologia e, em 1995, com apoio de Bolsa Produtividade do CNPq, iniciou uma pesquisa sobre o tema Egiptomania no Brasil. Através do seu livro Fatos e Mitos do Antigo Egito analisa como viviam os antigos egípcios, como valorizavam sua existência e o seu meio, quais eram seus hábitos e valores e narrando a história dos hieróglifos.
O livro tem seu ponto de partida na pesquisa realizada no University College Loondon, entre 1988 e 1989 e depois continua com trabalhos produzidos para apresentações em encontros especializados em História.
Os primeiros capítulos falam sobre a vida urbana dos egípcios antigos, o zelo para com as mulheres e com a natureza, as normas da administração pública e sobre o vinho, cujo consumo muitos atribuem apenas ao mundo greco-romano. Os capítulos primeiros também falam dos Congressos Internacionais de Egiptologia, em que se divulgam, a cada edição, novas descobertas. Em seguida a autora passa a narrar a história dos hieróglifos, do esquecimento à decifração, do ensino, do cotidiano, do lazer e das relações deles com os mortos, de uma forma inusitada: as cartas para outro mundo. Nos capítulos finais a autora menciona os mitos e ensina o papel dos deuses de Heliópolis, na criação dos hieróglifos e mostra também a presença do antigo Egito no Brasil.
Ao tratar sobre o processo de urbanização no antigo Egito, a autora apresenta uma síntese desse processo e salienta a existência de diferentes tipos de agrupamentos, usando diferentes termos para designar tais agrupamentos, como “niwt” para cidades e “dmi” para aldeia ou povoação,