farmacia
Os meios pelos quais moléculas de um fármaco podem penetrar a pele incluem a penetração através do EC, ou através dos anexos cutâneos (folículos pilosos, ductos sudoríparos, glâdulas sebáceas e sudoríparas) (Figura 1). Entretanto, como estes últimos representam uma fração pequena da área superficial da pele, admite-se que a penetração de fármacos por estas vias seja comparativamente de menor importância
Figura 1. Representação esquemática da pele mostrando as possíveis rotas de Penetração.
Moléculas de fármaco podem atravessar o EC por via transcelular ou intercelular, como mostra a figura 2, contudo é mais difícil determinar diferenças entre estas vias
Figura 2. Representação esquemática da estrutura da camada córnea. transcelular intercelular folicular glandular35
Um estudo realizado por Albery e Hadgraft (1979) identificou a importância da rota intercelular considerando a espessura da pele, entretanto a natureza dos canais intercelulares não era completamente conhecida. Posteriormente, identificou-se a natureza destes canais como contendo uma mistura de ceramidas, ácidos graxos livres e seus ésteres, colesterol e seus sulfatos, e que estes lipídeos arranjavam-se em uma estrutura de bicamadas. Desta maneira, atribuiu-se a impermeabilidade da pele à dois fatores principais: ao caminho tortuoso e ao problema de partição repetida e da difusão através da estrutura de bicamadas.
Entre os fatores controladores da penetração cutânea de fármacos pela pele estão: a hidratação do EC, a temperatura, o pH, a concentração e as características moleculares, tanto do fármaco quanto dos componentes da formulação. O grau de absorção pode ser determinado pela hidratação do EC, uma vez que o aumento da hidratação diminui a resistência do mesmo, provavelmente por provocar um intumescimento das estruturas compactas da camada cornificada e a criação de canais aquosos que permitem a difusão de fármacos. Sabe-se que o pH