Farmacia viva
História da Fitoterapia
Fitoterapia é o recurso de prevenção e tratamento de doenças através das plantas medicinais, é a forma mais antiga e fundamental de medicina da Terra.
Hipócrates pode ser conhecido hoje em dia como o pai da medicina, mas durante séculos foi dado crédito na Europa medieval a Galeno, um médico do século II, que escreveu sobre quatro "humores" - sangue, fleuma, bílis negra e bílis amarela - e classificou as quatro plantas pela suas qualidades essenciais: quentes ou frias, secas ou úmidas. Estas teorias foram desenvolvidas mais tarde pelos médicos árabes do século VII, como Avicena e, hoje em dia, as teorias galênicas continuam a dominar a medicina Unami, praticada no mundo muçulmano e na Índia. As descrições das plantas feitas por Galeno como, por exemplo, "quente no terceiro grau" ou "fria no segundo" ainda eram utilizadas no século XVIII. Entre as mais antigas civilizações, a medicina, através das plantas medicinais, já era muito praticada e transmitida desde os tempos mais remotos: na antigüidade egípcia, grega e romana, quando se acumularam conhecimentos empíricos e foram transmitidos posteriormente, através do Árabes à seus descendentes europeus.
Papiros egípcios que datam de cerca de 1700 a.C. demonstram que muitas plantas comuns, como o alho e o zimbro, são usados medicinalmente há cerca de 4000 anos. Na época de Ramsés III, o cânhamo era utilizado para os problemas dos olhos tal como pode ser receitado para o glaucoma hoje em dia, enquanto que os extratos da papoula eram utilizados para acalmar crianças a chorar. O primeiro manuscrito conhecido a seu respeito é o chamado Papiro de Ebers, que leva o nome do notável egiptólogo que o