C A R D I O P A T I A S | | | | | | | | | | | | | | | | | | | As doenças cardíacas ocorrem em aproximadamente 1% das gestações, das quais 90% são conseqüências de lesões reumáticas. Outras etiologias são as cardiopatias congênitas e hipertensivas, além das arritmias, prolapso da válvula mitral, endocardites e miocardiopatia periparto. Representam, ainda hoje, uma das causas mais freqüentes de mortalidade materna. Alguns dos sintomas de doença cardíaca são: dispnéia grave ou progressiva, ortopnéia, dispnéia paroxística noturna, hemoptise, síncope, dor precordial. Entre os sinais, destacam-se: cianose, baqueteamento dos dedos, sopros, murmúrio diastólico, cardiomegalia, arritmia, desdobramento persistente da segunda bulha, hipertensão pulmonar. Classificação (funcional): _ Classe I: assintomática, sem limitação da atividade física. _ Classe II: levemente sintomática, limitação aos grandes esforços. _ Classe III: moderadamente sintomática, com limitação aos pequenos esforços. _ Classe IV: severamente comprometida, sintomatologia ao repouso. Nas classes I e II, o risco de complicações é pequeno, podem ser precipitadas por infecções, tabagismo e uso de cocaína (tanto pelos efeitos cardiovasculares como pelo risco de endocardite). Nas classes III e IV, a mortalidade materna é de 4% a 7%. Em alguns casos mais graves, pode-se considerar a possibilidade de interrupção da gestação por risco de vida materna. Se a gestação prosseguir, a gestante necessitará de internações prolongadas e atendimento multidisciplinar em centro de referência. O risco de mortalidade materna depende da patologia de base, além de sua classe funcional. Nas pacientes com hipertensão pulmonar, coarctação da aorta com acometimento valvar e Síndrome de Marfan com acometimento da aorta, a mortalidade materna pode ser de 25% a 50%. DIAGNÓSTICO O diagnóstico, além da clínica, deve se basear no eletrocardiograma, raios-X de tórax e ecocardiografia. A descompensação ocorre de