FARELO DE AMENDOIM NA ALIMENTAÇÃO DE NÃO RUMINANTES.
Artigo Número 54
FARELO DE AMENDOIM NA ALIMENTAÇÃO DE NÃO RUMINANTES.
Wagner Azis Garcia de ARAÚJO1 & Gabriel Fonseca SOBREIRA1
Introdução
Da família das leguminosas, o amendoim é originário do Brasil e de países fronteiriços: Paraguai, Bolívia e Norte da Argentina. Quando os portugueses chegaram, os índios já cultivavam o amendoim e ensinaram a técnica de seu cultivo. Em 1753 o botânico Lineu, baseado nas características da planta, classificou-a como sendo do gênero Arachis.
O amendoim é um produto consumido mundialmente. Cerca de 8 milhões de toneladas anuais de grãos destinam-se ao consumo como alimento “in natura” ou industrializado, e 15 a 18 milhões são esmagados para fabricação de óleo comestível.
A difusão do amendoim iniciou-se pelos indígenas para as diversas regiões da
América Latina, América Central e México. No século XVIII foi introduzido na Europa. No século XIX difundiu-se do Brasil para a África e do Peru para as Filipinas, China, Japão e
Índia.
O amendoim apresenta maior rendimento em locais que tenham pelo menos 5 meses do ano com temperaturas médias acima de 21°C e alta umidade.
Da produção total, São Paulo responde por 70%, principalmente nas regiões de
Ribeirão Preto, Marília, Alta Paulista e Alta Sorocabana, destacando-se como o maior estado produtor do Brasil. O restante é produzido no Paraná, Rio Grande do Sul, Minas
Gerais, Mato Grosso e recentemente nos estados do Nordeste.
O amendoim tem quantidades consideráveis de vitaminas B-1, B-2 e ácido fólico. O seu óleo é rico em vitamina E, ácidos graxos oléico e linoléico, porém muito pobre em vitaminas A e D. Outras deficiências importantes são cálcio, metionina, triptofano e lisina.
Objetivou-se com esta revisão analisar as possibilidades de se usar o farelo de amendoim como fonte protéica na nutrição de não ruminantes e fazer as devidas considerações a respeito da qualidade desse ingrediente.