Fantasmas da Ditadura Militar
Faculdade de Direito
Fantasmas da Ditadura Militar
Iniciado o período da Ditadura Militar no Brasil em 1964, marcado pela severidade e autoritarismo escancarado dos militares que controlavam o os órgãos governamentais, na camuflada transparência de paz e estabilidade social; este além de ser um marco em nossa história, foi considerado o mais cruel e sangrento quanto à violação aos Direitos Humanos em nosso país.
Como forma de controle constitucional foram tomadas medidas, com escopo de defesa contra os comunistas, instituídas através dos Atos Institucionais, estes caracterizados pelo veto aos direitos garantidos pela constituição de forma a silencia-los.
Não suficiente a repressão que já assolava o país, com base na Lei de Segurança Nacional, em 13 de dezembro de 1968 foi decretado o Ato Institucional n° 5, o qual cancelava todos os dispositivos da Constituição de 1967 passíveis de utilização pela oposição. Tal fato trouxe consigo a criação do Conselho Superior de Censura, que através de seus chamados
“censores” controlavam todas e quaisquer divulgações da imprensa que fossem contra ou pudessem prejudicar a imagem do governo.
Durante o o AI-5, os agente s da CONTEL eram responsáveis pela censura dos meios de comunicação, vetando qualquer notícia de manifestações, principalmente entre os estudantes. As músicas, programas de rádio e TV, cinemas, livros, jornais eram avaliados antes da publicação. Neste período, são apontados mais de 600 filmes, 500 peças teatrais, dentre vários livros e produções de cunho cultural que foram censuradas, entretanto a música brasileira foi que mais sofreu com a repressão, pois era tida e tratada pelo Estado como ofensiva às leis, à moral e aos bons costumes por difundir ideias antiditatoriais. Por tal evidência diversas obras nem chegaram ao conhecimento do público e muitos foram os autores presos ou expatriados.
Sendo a sensação da época os festivais de música, neles lançavam-se