Família e escola: uma parceria sem inversão de papéis
Durante cerca de dois séculos, família e escola viveram uma relação de perfeita harmonia. Isto é, o que a escola pensava era o que os pais pensavam. O que a escola determinava, fosse em termos de “tarefas, atribuições e até mesmo sanções” era ratificado e repetido em casa pelas famílias. De repente, o que se observa é que essa relação de confiança que outrora existiu entre as duas instituições acabou. Hoje, a família vive uma situação de crise e, em conseqüência disso, a escola, que também é uma extensão de casa, vive a mesma situação. Tudo seria incompreensível se não estivéssemos vivendo em um mundo globalizado, complexo e cheio de conflitos de várias ordens. As mudanças ocorrem com muita rapidez interferindo no comportamento das famílias contemporâneas, as quais se sentem cada vez mais impossibilitadas de acompanhar as novas exigências da atualidade. Isso implica na dificuldade de convivência que um tem em relação ao outro. As crises sociais, culturais e econômicas fazem com que as pessoas já apresentem dificuldades de lidarem umas com as outras. A correria do dia a dia é a grande vilã e responsável por essa realidade. E isso vem interferindo na forma de ensinar nossos alunos e no modo de aprender. Não está havendo aprendizagem porque não existe ensino e a qualidade do ensino está cada vez mais ficando comprometida. Inverter esse quadro tem sido motivo de grande inquietação de gestores escolar e educadores em geral, pois é assombrosa a forma como os valores da família e da escola estão sendo ignorados, prevalecendo o individualismo e a competitividade. Fica evidente que a família quando bem estruturada ainda é a solução para barrar todos as crises da atualidade, bem como uma sustentação para a escola poder oferecer uma educação de qualidade e que esteja a altura de todos. Em regra, o pai que geralmente acompanha a lição de casa, as mães que não faltam a nenhuma reunião, cooperando e atentas no desempenho escolar