familia
Elisabeth Roudinesco No capítulo “A família do Futuro” de Elisabeth Roudinesco, a discussão central se baseia na inserção de gays e lésbicas na constituição da família, contrariando os moldes de um principio fundador, onde há uma relação entre homens e mulheres no sentindo carnal, ou seja, os homossexuais queriam ser reconhecidos de fato, queriam seus direitos, lutavam em favor da discriminação, queriam constituir uma família, família esta dita como “homoparental”. No inicio do texto, vemos que a partir de 1965-70 na costa californiana, houve uma mobilização de homossexuais para se tornarem pais, contrariando os modelos da constituição de uma família, é a partir daí que se insere um debate se estes novos grupos poderia se tornar parte dessa nova formação familiar, são levantados ao longo do desdobramento do texto, argumentações na qual, favorecem que estes grupos possam a ter seu direitos reconhecidos, por outro lado, há argumentos que não reconhecem essas reinvindicações. Por serem contra ao princípio fundador (ligado à época), os homossexuais eram vistos como transgressores, na medida em que, ligam as práticas sexuais à sua inclinação dos atos sexuais necessários para a reprodução, eram considerados como “perversos”, como a autora diz, deixavam sobrepor o desejo carnal sobre uma constituição moral. Motivo esse pelo qual a autora cita “... os novos pais gays e lésbicos não pretendiam questionar os dois grandes interditos fundadores das leis do parentesco: proibição do incesto, interdito do distúrbio das gerações” (Roudinesco, 2004, p.183).
Freud se colocava na posição de que o homossexual não estava inserido na “perversidade”, menciona até que os grandes criadores eram homossexuais, apesar de que considerava que haveria uma predisposição natural ou biológica, e que os que fossem criados por mulheres, ou por uma única mulher teria tendência à homossexualidade.
Apesar de Freud colocar a sua posição, muitos cientistas concordavam