Familia e sociedade- sintese

Um fato relevante ocorrido em nosso País que devemos levar em consideração, acabou afetando e refletindo de forma direta nossos grupos familiares em 1990, grandes mudanças econômicas e políticas tiveram muita repercussão nas formas de organização familiar e reprodução social dos trabalhadores. Devido a essa crise obviamente ouve grande retração do Estado na esfera social, ocorrendo ausência de direitos sociais, faltando com suas obrigações e deveres, aumentando assim o desemprego, a escassez de trabalho formal e consecutivamente aumento da pobreza comprometendo o padrão de qualidade de vida sadia, física, emocional e social dos membros.
Devido às necessidades de sustentabilidade e diante da crise existencial foram surgindo novas formas de sobrevivência informal como, por exemplo: trabalhos autônomos, trabalhos domiciliares, vendas ambulantes, contratos temporários, biscateiros, reparadores de carros, trabalhos irregulares e entre outros. O aumento do desemprego, as dificuldades nas obtenções de trabalhos assalariados que nos proporcionam segurança e estabilidade, as dificuldades de acesso a cidadania, as famílias foram se tornando quase a única possibilidade dos indivíduos proverem suas necessidades. Segundo o autor Telles citado no texto, ”Família é uma espécie de garantia ética, moral e material caracterizada pela lógica da destituição e privação de direitos”, ou seja, devido à ausência dos direitos sociais e nas diversas situações de precariedade social, desemprego, doenças, velhice é em seus meios familiares que encontram as soluções. Outras grandes mudanças influenciadas com tudo isso é a diversificação de arranjos familiares, diminuição no tamanho familiar e a inserção crescente da mulher no mercado de trabalho.
O Estado transfere as famílias suas obrigações, a família assim funciona como um anteparo social diante do descaso institucional de políticas públicas e de fato as condições de qualidade de vida dos indivíduos dependem muito da inserção social