falar de sexo, pode?
O cristianismo se apresenta biblicamente a partir da Escola de Paulo, em O Novo Testamento. Paulo, pai de Jesus como o conhecemos (curandeiro, milagroso, impecável), se apropria dos livros da Torá, filtrando preceitos e apresenta os evangelhos relatando a trajetória didática de Jesus. Eis que surge uma instituição milenar de controle político, moral, cultural e comportamental. Podemos pensar que a melhor forma de controlar uma criança é inibindo seus instintos e sua natureza.
Como controlar incontáveis organizações sócio-estruturais? Civilizando; doutrinando. Como uma criança, começa-se por negar qualquer ambipolaridade moral e separar o que faz parte do chamado 'caminho da natureza' (o pecado) e o que faz parte do 'caminho da graça' (a virtude). O sexo e a inclinação n a t u r a l ao prazer têm sido agentes recorrentes desse movimento.
A Igreja Católica usa da afirmação do espírito e negação da carne, brutalmente rasgando as pessoas no meio em separar o corpo do que o habita. Alcança-se a santidade e a salvação pelo fervor e pela devoção do espírito na guerra diária que trava contra a carne. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser; e os que estão na carne não podem agradar a Deus.” (Romanos 8:7,8)
'Notre-Dame de Paris', de Vitor Hugo, posteriormente conhecido como 'O corcunda de Nortre-Dame', se passa na Paris de 1842. Duas edificações são apresentadas com oposição: o Palácio da Justiça, que se responsabilizava pelo controle da lei e a Catedral de Notre-Dame, que além de ser referência de oração e sacrário, recebia pessoas que buscavam refúgio da lei.
A obra ilustra o amor sórdido de três homens pela mesma mulher, uma cigana chamada Esmeralda. O