A sexualidade como dispositivo de poder
Centro de Humanidades
Departamento de Filosofia
Curso de Filosofia (Licenciatura)
Orientadora: Cristiane Marinho
Michel Foucault: A sexualidade como dispositivo histórico de poder.
Maria Aurineide Sousa Mesquita
Fortaleza – 2000.1
Maria Aurineide Sousa Mesquita
Orientadora: Cristiane Marinho
Michel Foucault: A sexualidade como dispositivo histórico de poder.
Fortaleza – Junho de 2000
SUMÁRIO
Introdução
1. Concepção de poder em Michel Foucault
2. A sexualidade como dispositivo de poder
3. O poder disciplinar e o controle sobre o corpo
4. A Scientia Sexuali e a construção da idéia de sexo
5. A escola: um dispositivo de sexualidade
Conclusão
Referências bibliográfica
Bibliografia Consultada
INTRODUÇÃO
Este trabalho dissertativo apresenta as idéias do filósofo francês Michel Foucault sobre a relação indivíduo, sexualidade e poder, os discursos que são produzidos sobre esta relação e que são distribuídos como verdades. Foucault nos apresenta a sexualidade como um dispositivo histórico de poder. O que chama a atenção em sua análise é que ele se distancia da visão tradicional de um poder, centralizado no Estado soberano e na Lei, para analisar o poder operando em qualquer lugar. A concepção de poder em Foucault refuta o que se chamou de “hipótese repressiva” sobre o sexo, à medida que não entende o poder como autoritário, centralizador e repressivo, exclusividade do Estado e da Lei. A soberania do Estado e a imposição da Lei são para ele apenas formas terminais de poder, isto é, há uma micropolítica de poder que faz com que o Estado e a Lei possam atuar. Para Foucault as diversas coerções regulamentadas pelo poder, dentro das mais variadas instituições que produzem, tais como verdades dadas